30 abril 2009

Oito dias bons


Foram oito dias bons. Não consigo catalogá-los de nenhuma outra forma. Foram bons.
É uma definição simples como o foram esses oito dias passados nos Açores. Aliás, nos Açores não. No Faial, com visitas ao Pico e a São Jorge.
Vi paisagens lindas e inesquecíveis de tão simples e comuns mas para as quais nem sempre temos tempo de olhar. Não esquecerei a viagem de regresso de São Jorge para o Faial: os golfinhos ao longe; o pôr-do-sol, talvez igual a tantos outros mas nem por isso menos maravilhoso; os reflexos das águas; as gaivotas que acompanharam o ferry durante a viagem.

O passeio na orla da Caldeira soube a pouco de tão breve. Mas também aí me lembrei de ti. Ou melhor, lembrei-me de como era bom poder partilhar contigo aquelas paisagens e momentos tão simples e tão intensos.
Ainda não vi as fotografias, as dezenas de fotografias, que tirei, mas de certeza que só eu vou ver naquelas imagens a tua ausência. E por muito bem que te faça a descrição de cada foto nunca verás aquelas perspectivas como eu vi, como eu senti.

Queria não me lembrar de ti, lá, nos Açores, mas foi inevitável. E se nos primeiros dias quase não dei atenção ao que me mostraram porque não me saías do pensamento, nos dias que se seguiram tudo o que me mostraram, e era belo, me fazia lembrar de ti e sosseguei. Sosseguei porque fiz as pazes contigo. Bem... talvez fosse comigo que fiz as pazes!

(Escrito em Julho/2004)