18 junho 2009

Addiction

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Fazes-me mal!

Tendo a aproximar-me de ti sabendo-o. E, qual Ícaro, caio antes de chegar tão perto de ti quanto desejava.

Fazes-me mal!

Sei-o há muito tempo. Ainda assim insisto em procurar-te. Sempre com uma vã esperança de um trato diferente, especial, que nunca aconteceu nem vai acontecer.

Fazes-me mal!

Porque, apesar de não o saberes, me tens preso. Porque com todos os teus defeitos, que os tens, continuo a preferir-te a qualquer outra.

Fazes-me mal!

Como uma droga que sei ser maléfica para o meu bem-estar, mas à qual não resisto. E depois vem a ressaca, dura, impiedosa que me arrasa.

Fazes-me mal!

Porque não me deixas fechar um ciclo que já nem me lembro quando começou. E de cada vez quero encerrar esse assunto e o abordo contigo foges ao tema alegando que não há nada a falar. Mas há!

Fazes-me mal!

Quando, sabendo o que sinto por ti, o ignoras e fazes comentários despropositados que me magoam. Tal como queixares-te, após um date – foi mesmo assim que lhe chamaste – que não percebes porque intimidas os homens e perguntares-me se acho que o fazes. Que queres que te responda?
Tens-me aqui. Já te disse o que sinto. Sem dúvidas, sem medos...
Não, não me intimidas!
Mas não é isso que estás a perguntar, pois não?

Fazes mal!