14 janeiro 2012

Faltas-me tu!

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Faltas-me tu! Percebo a tua ausência em cada minuto; Sinto-me incompleto a cada noite que não estás a meu lado; E cada mês que passa é mais difícil de suportar. Já são muitos anos sem ti e ainda não me habituei à ideia.
Não imaginas a quantidade de peripécias, gargalhadas, lágrimas, músicas, silêncio, cheiros, cores, paisagens que quis partilhar contigo. Mas tu não estavas... Faltou-me aquele teu olhar cúmplice, aquele teu piscar de olho, aquele teu toque discreto por baixo da mesa, aquele teu riso... aquele teu silêncio.
Podes não acreditar, mas não encontrei substituta ao teu nível. Bem que procurei quem pudesse preencher alguns desses teus requisitos – já não pedia que fossem todos – mas tem sido tarefa vã.
E aqui estou novamente, naquela esplanada de onde se vê de cima a cidade – lembras-te? – a partilhar a música ambiente com dois pares de namorados. Daqui tem-se uma vista privilegiada sobre a cidade e não sendo cedo percebe-se ainda muito movimento.
Pergunto-me se andas por aí... Vais sair hoje? Se calhar eram do teu carro as luzes que acompanhei com mais atenção, há uns instantes atrás. Se bem que me chegaram uns rumores de que já não moras cá. Uns, dizem que mudaste de cidade, outros, que mudaste de país. Não me surpreendia. Sempre foste de levar as tuas ideias avante. É também isso que me atrai em ti!
Não te conheço ainda, é verdade. Ainda não sei quem és. Mas sabes que não descansarei enquanto não te encontrar.
Estejas onde estiveres.

(Escrito em Junho/2005)

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